Irmandade da Ordem Terceira do Carmo

13-03-1685 – Algumas donzelas tomam o hábito carmelitano, com o título de recolhidas dos carmelitas Frei Pedro da Purificação e do arcebispo de Braga, D. Luís de Sousa.

26-03-1685 – Lançamento da primeira pedra para a construção do complexo constituído pela Igreja e Convento, sob a invocação de Santa Teresa de Jesus. Desconhece-se o nome do fundador da obra mas o famoso Manuscrito da Costa aponta a pessoa do mercador Francisco Antunes, tese que o padre Torcato de Azevedo não corrobora.

09-04-1687 – Celebração da primeira missa, embora a obra estivesse ainda em curso.

Entretanto (1704 – segundo Pe. António Caldas) – Autorização papal (através de bula) para que as religiosas de Santa Teresa vivam em obediência à provincial dos carmelitas calçados. Do facto resulta que a instituição monástica perde a invocação a Santa Teresa em troca pela de S. José.

1704 – O lugar de honra no altar-mor da Igreja continua a ser ocupado pela imagem de Nossa Senhora do Carmo, o que explica que essa fosse, e continue a ser, a invocação mais vulgar e conhecida da Igreja.

Até 1743 – A comunidade religiosa viveu sob a tutela dos carmelitas calçados.

Reverenda Madre Benta de Jesus – prioresa do convento e uma das maiores impulsionadoras da sua edificação (1723, cadeiral e assentos do coro alto,…). Não existem os 66 assentos originais, mas apenas 65, devido à construção da escadaria que liga a parte inferior da Igreja ao coro alto.

1834 – O convento é extinto por lei, ficando propriedade nacional com a morte da última freira – D. Catarina Angélica do Amor Divino -, ocorrida em 1854.

1834 – A Igreja e Oficinas são doadas à Irmandade do Carmo, hoje elevada à categoria de Ordem Terceira do Carmo, por Breve apostólico de 27-07-1866, confirmado pelo geral da Ordem Carmelita em Roma, em 30-07-1868.

1834 – O convento foi entregue ao Ministério da Guerra para nele se instalar hospital militar do batalhão de caçadores 7.

Pouco tempo depois (?) – O convento continua a pertencer ao Ministério da Guerra mas o governo atribui a sua utilização à praça de Valença.

30-05-1860 – Por decreto real o convento é cedido ao Asilo da Infância Desvalida de Santa Estefânia – Amor de Deus e do próximo. A comissão administrativa do Asilo só toma posse do complexo a 27-08-1862.

J.F.R.A.P. - 2017